quinta-feira, 9 de maio de 2013

Lançamento de "O Olho Itinerante", de Jorge Emil (Editora Record), na Livraria Argumento, Rio, dia 7 de maio de 2013

Lançamento de "O Olho Itinerante", de Jorge Emil (Editora Record), na Livraria Argumento, Rio, dia 7 de maio de 2013
Murilo Benício e Jorge Emil


Murilo Benício e Jorge Emil


Jorge Emil, Cláudio Dias, Manoelita Lustosa, Odilon Esteves, Murilo Benício


Jorge Emil e Manoelita Lustosa


Jorge Emil e Odilon Esteves


Ana Fernandes


Jorge Emil e Sérgio Martins


Jorge Emil e Marcelo Cafiero


Ana Prado


Jorge Emil e Tonio Carvalho


Jorge Emil e Tonio Carvalho



Jorge Emil e Tonio Carvalho


Jorge Emil e Tonio Carvalho



Bill Sala e Ana Prado


Bill Sala e Jorge Emil


Marcelo Cafiero, Ana Fernandes, Bill Sala, Jorge Emil, Ana Prado


Jorge Emil, Lucas Bandeira de Melo


Jorge Emil e Tonio Carvalho







Jorge Emil e Renata Rodriguez




Alexandra Maia e Jorge Emil


Alexandra Maia e Jorge Emil


Bill Sala, Ana Fernandes, Marcelo Cafiero


Alexandra Maia, Ana Prado, Jorge Emil


Jorge Emil e Livia Vianna


Manoelita Lustosa


Manoelita Lustosa e Cláudio Dias


Jorge Emil e Isa Cambará


Jorge Emil e Isa Cambará





Jorge Emil, Júlia Fajardo, Vera Fajardo


Jorge Emil, Júlia Fajardo, Vera Fajardo


Jorge Emil, Júlia Fajardo, Vera Fajardo


Jorge Emil e Manoelita Lustosa


Jorge Emil e Manoelita Lustosa


Jorge Emil e Manoelita Lustosa


Jorge Emil e Cláudio Dias


Jorge Emil e Cláudio Dias


Jorge Emil e Cláudio Dias


Jorge Emil e Gustavo Rizzotti


Jorge Emil, Neko Pedrosa e família


Jorge Emil, Neko Pedrosa e família


Jorge Emil e Odilon Esteves


Jorge Emil e Odilon Esteves


Ana Prado, Afonnso Drumond, Isa Cambará


Jorge Emil e Elio Demier


Jorge Emil e Elio Demier





Jorge Emil e Marcelo Cafiero


Jorge Emil e Luiz Valcazaras


Jorge Emil e Luiz Valcazaras


Jorge Emil, Roberta Aguiar e Deber


Jorge Emil, Renata Rodriguez, Marcelo Cafiero



Jorge Emil e Afonnso Drumond


Jorge Emil, Afonnso Drumond, Neko Pedrosa


Jorge Emil, Afonnso Drumond, Vera Fajardo, Neko Pedrosa


Jorge Emil, Afonnso Drumond, Valmyr Ferreira


Luiz Valcazaras


Murilo Benício e Jorge Emil


Luiz Valcazaras

Jorge Emil, Ana Prado, Ana Fernandes


Murilo Benício e Jorge Emil




quarta-feira, 17 de abril de 2013


Lançamento de O olho itinerante, de Jorge Emil, na Livraria Argumento (Leblon, Rio), dia 7 de maio de 2013.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Devoção ao devaneio


Devo tudo ao devaneio.
Devaneio me resolve.
Amei-o desde o início,
ao deparar o primeiro
chato fazendo comício
em meus ouvidos tão jovens.
Veio então o devaneio
e voei até Varsóvia.

Veraneio sempre à mão.
Meu recurso. Meu recreio.
Usufruo sem receio
de que alguém me desaprove.
Provo todo devaneio,
sobretudo quando chove.
Devaneio me absolve,
sobretudo quando odeio.

Livro incrível que releio
num banheiro invisível.
Freio ao tédio que revolve
um calibre de revólver.
Delírio, não. Devaneio.
Ele me comove em cheio.
E me remove. Pro meio
do século dezenove.

Do livro O olho itinerante, de Jorge Emil, Editora Record, 2012

domingo, 4 de abril de 2010

Bem no meio do pátio


Ô geringonça. Começou desengonçada.
Traste. Não se trata de desgaste:
tão logo foi ligada, já era esse trambolho.
Trabalha nem-sei-como, dá trabalho
pra mil mouros. Estoura, estala, solta bolhas.
O dia todo — óleo e olho — é repará-la, ou maquiá-la,
maquinaria precária, preparada pra parar.


Do livro O olho itinerante, de Jorge Emil, Editora Record, 2012

domingo, 1 de novembro de 2009

Cortina


‘O ritmo frenético da metrópole’,
chavão! e salvação de milhões.
Pequenos lugares calmos
tiram as armas da alma.
No ‘corre-corre desumano
do assombroso caos urbano’,
turva-se o horizonte
propenso à contemplação
de nosso imenso desterro.
Estresses são estímulos,
dissímulos do verdadeiro
(e descansado) desespero.

Do livro Pequeno arsenal, de Jorge Emil, Editora Bom Texto, 2004

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Transferência


O ônibus lotado
é uma alegria intermediária.
Maior prazer
será descer e pagar
— sem poder —
tantas altíssimas contas
debaixo de um sol imoral!
A praga que me rogaram
tem sabor de fruta fresca.
E amorosamente
espero a febre, o assalto.
Fui agraciado com a leitura de um mau livro
da grossura de uma árvore
caindo sobre mim.
Ileso, pus o poema
pra sofrer em meu lugar.


Do livro Pequeno arsenal, de Jorge Emil, Editora Bom Texto, 2004

domingo, 26 de abril de 2009

Caça ao tesouro


Comum. Plebeu.
Um metro e
oitenta e um.
Podre de pobre.
Sempre deveu —

por isso, cobra:
acesso às cifras
e à cor do cobre!
Grita e se dobra.
E sofre e sofre.

Senha e cifra,
o sofrimento
obra, fabrica
a chave que abre
o cofre da cripta.


Do livro O olho itinerante, de Jorge Emil, Editora Record, 2012

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Apagão


Quando a nuvem ultrapreta
toldou o céu em definitivo,
quando a última lâmpada
conformou-se à agonia
e as ocupações — exibicionistas
quase todas — não puderam
prosseguir ou ser vistas,
para onde, para o que nos voltamos?
Não para dentro! que ninguém queria
um escuro ainda mais denso.
Fomos nos agarrando uns aos outros
até formar-se uma assembleia, uma algazarra,
votos incompreensíveis instituindo
o Dia Internacional da Noite.


Do livro O olho itinerante, de Jorge Emil, Editora Record, 2012